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Desde a publicação de O castelo de Otranto (1764), a representação gótica tem sido a materialização do nosso relacionamento apreensivo com o mundo. Desejos inconfessáveis, dissimulações da personalidade, obsessões, neuroses, memórias reprimidas, psicogenias individuais e coletivas, falhas na compreensão da realidade ou realidades além da compreensão, são apenas alguns espectros que nos assombram.
No tempo presente, o gótico surge nas matrizes culturais para falar sobre inquietações e ansiedades que habitam o nosso cotidiano, no qual terror e horror são condições diárias frente ao fim da humanidade como a conhecemos. Apontando para o nosso percurso em direção ao pós-humano ou talvez para a nossa extinção, o gótico contemporâneo se adapta a novas situações, espaços e contextos temporais, tornando-se um modo discursivo presente em diferentes países e culturas.
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Em 24 de dezembro de 1764, o connoisseur Horace Walpole – 4th Earl of Orford & man of Letters – altera irrevogavelmente a historiografia literária ocidental ao publicar O castelo de Otranto, a gênese das narrativas góticas. Concomitante à Primeira Revolução Industrial, a maquinaria gótica de Walpole produz efeitos literários extraordinários, os quais têm sido motivo de infinitas releituras, seduzindo plêiades de pensadores e leitores de universos estáticos multíplices.
Ao engendrar fantasmas perambulando por castelos medievais (fantasia/romanesco) no contexto da Inglaterra neoclássica (realidade/romance), Walpole transita pelas opacidades da razão e pelos desejos do coração humano. E há mais de duzentos e cinquenta anos O castelo de Otranto tem despertado sentimentos ambíguos de admiração e de repulsa. De uma forma ou de outra, esse duplo complexo – Walpole e Otranto – continuam despertando paixões inquietantes.
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